Feche os olhos e pense no doce mais gostoso do mundo. Pensou? Pois aposto que a delícia que veio à sua mente tem um nome que começa com "cho" e termina com..."late"!
Feita a partir das sementes do cacau, essa guloseima apaixonante é consumida no mundo todo, por gente de todas as raças e religiões.
Pobres e ricos, crianças, adultos e velhinhos, ninguém escapa à sedução de uma bela barra de chocolate!
Então que tal conhecer um pouquinho a história do doce mais amado do mundo?
Imagine a surpresa dos navegadores espanhóis quando chegaram pela primeira vez à região do México, no final do século 15: eles, que vinham todos pimpões e metidos, achando que a Europa era o centro do mundo, e que na América só existiam selvagens e feras, deram de cara com ...o Império Asteca!
Era uma civilização superdesenvolvida cuja capital, Tenochtitlán, era bem maior do que qualquer cidade européia da época!
E não era só de arquitetura que os Astecas entendiam não: eles também desenvolveram técnicas agrícolas incríveis (foram eles que inventaram a irrigação!), um tipo de escrita bem legal, faziam
cerâmicas lindas e...conheciam o chocolate!
Se você já está se sentindo eternamente grato aos astecas por terem inventado o chocolate, pode parar um pouquinho: ninguém sabe exatamente quando surgiu essa guloseima irresistível. Mas é provável que a primeira civilização a prová-la tenha sido a dos Olmecas, um povo que viveu no mesmo lugar que os Astecas, mas vários séculos antes.
E, antes de chegar às mãos (e ao estômago!) dos Astecas, o chocolate ainda teve que passar pelas civilizações Maia e Tolteca, que também moravam na mesma região.
Ou seja, o chocolate nasceu no México, e seu consumo foi sendo transmitido e aprimorado através de várias civilizações, chamadas de pré-colombianas, porque habitavam a América antes da chegada do Cristovão Colombo.
Mas uma coisa você tem mesmo que agradecer aos Astecas: foi por causa deles que as sementes de cacau embarcaram em uma longa viagem para a Europa, e lá se transformaram no chocolate como a gente conhece hoje.
Mas, antes de atravessar o Oceano Atlântico, que tal conhecer melhor
a história do chocolate entre os Astecas?
Você já deve ter comido aquela moedinhas de chocolate que vêm
embrulhadas em papel dourado, não é? Mas aposto que nunca
imaginou que o chocolate pudesse ser realmente usado como dinheiro!
Pois para os astecas, as sementes de cacau eram tão valiosas que
eram usadas como moeda. (no Mundo do Economês você vai descobrir
que o homem já usou moeda de tudo quanto é jeito!)
Um bonito coelho, por exemplo, podia ser comprado com apenas quatro
sementinhas!
E...por que diabos o cacau era tão importante? Ora bolas, porque com
eles se fazia o chocolate! Ou melhor, o tchocolatl, que foi o primeiro nome
dessa delícia.
"Chocolate" e "esquisito" são duas palavras que não combinam! Todo
chocolate é uma delícia!
Será mesmo? Pra começo de conversa, o tal do tchocolatl não era comido
em forma de barras ou bombons, não: ele era uma bebida!
Ah, mas chocolate quente também é uma bebida, e não é nada esquisito!
É, mas a bebida que os Astecas faziam...além de ser super amarga e
gordurosa , ainda era "temperada" com...pimenta! Eles enchiam a tal
bebida de chili, uma pimentinha comprida bem comum na região do México.
Pensa que eles achavam ruim? Que nada: o tchocolatl era considerado tão,
mas tão gostoso que os astecas achavam que ele era a bebida dos deuses!
E, por isso, era consumido principalmente por reis e nobres. O imperador
Montezuma, um dos monarcas mais importantes do povo asteca, era bem
chegado no tchocolatl: dizem que ele tinha o hábito de tomar "apenas" cinqüenta
garrafas da bebida por dia!
Quando o explorador espanhol Hernán Cortez chegou ao reino asteca, em 1519, o imperador "chocólatra" Montezuma tratou de presenteá-lo com uma plantação de cacau. Coitadinho...mal sabia que Hernán, dois ou três anos depois, iria acabar destruindo a civilização asteca.
É, o tal espanhol era bem malvado, mas não tinha nada de bobo: ele logo
percebeu que o cacau era uma tipo de "ouro vegetal". E quando voltou para
a Espanha, em 1528, tratou de levar um belo punhado de sementinhas para o rei espanhol, Carlos V.
- Mas...se o único uso do cacau era fazer o tal tchocolatl que, sinceramente,
não parece muito apetitoso, porque os espanhóis se animaram tanto?
É que, alguns anos antes, umas freirinhas espertas de um convento que os espanhóis tinham construído no México tiveram uma idéia e tanto.
Elas pensaram lá com seus rosários: Se o tchocolatl é tão amargo, porque
a gente não coloca um pouquinho de açúcar? E toca a adoçar a bebida,
acrescentando temperinhos gostosos como canela e anis. É claro que
essa mistura ficou bem mais agradável ao paladar europeu do que a do
tchocolatl original.
O CHOCOLATE TOMA DE ASSALTO A VELHA EUROPA!
Os europeus, que adoravam uma boa guloseima, ficaram louquinhos
quando se depararam com aquela bebida exótica feita de sementes de cacau.
Em pouco tempo, o chocolate virou mania!
E os espanhóis, que não eram bobos nem nada, trataram de garantir a
exclusividade da receita (e das sementes de cacau). Como? Trancafiando-as
em mosteiros e confiando o segredo apenas aos monges, que ficaram sendo os responsáveis pela produção do chocolate.
É claro que, sendo tão gostoso e cercado de mistério, o chocolate acabou
virando artigo de luxo, com um preço altíssimo e reservado só para os
endinheirados.
Isso durou mais ou menos um século, até que os monges deram com a
língua nos dentes e acabaram entregando o ouro, ou melhor, a receita do
chocolate, para todo mundo.
Daí foi um pulo para a guloseima se popularizar. Então, em 1657 surgiu a
primeira fábrica de chocolate na Inglaterra! E, como a Europa era pequena
demais para o chocolate, ele deu um jeito rapidinho de fazer a viagem de volta e (re)conquistar a América com seu novo sabor!
Durante todo esse tempo, a delícia que conquistou a Europa continuava sendo
servida como bebida. E, apesar de supergostosa, ela ainda tinha um
"probleminha": a manteiga de cacau, uma substância gordurosa que ficava
boiando em cima do chocolate, e que não era muito saborosa. Os fabricantes
até tentavam diminuir a quantidade de manteiga colocando amido na bebida,
mas a coisa nunca funcionava direito.
Até que um inventor maluco, apaixonado por chocolate, criou uma engenhoca
que iria revolucionar a "produção chocolateira" mundial: era a prensa de Van
Houten, inventada por um químico holandês chamado...Coenraad Van Houten,
é claro!
Essa tal prensa conseguia separar a manteiga de cacau do resto do chocolate,
deixando como resultado o pó de cacau!
Bom, com a invenção da prensa, os fabricantes de chocolate ficaram no maior
dilema: e agora, o que fazer com a manteiga de cacau? Jogar fora parecia muito desperdício, mas para que serviria aquela meleca?
Depois de quebrar a cabeça, um dos chocolateiros resolveu misturá-la com um
pouco de sementes de cacau moídas e açúcar. O resultado? Uma bela pasta que podia ser moldada e que, depois de fria, endurecia e ficava...sólida!
Pronto, a partir daí foi uma festa só: surgiram as barras de chocolate, as caixas de bombom, o delicioso chocolate ao leite e todas as variações que a imaginação dos apaixonados por essa delícia conseguiram inventar! Hum... não deu vontade de devorar um chocolatão agorinha mesmo?
Fonte: http://www.canalkids.com.br/alimentacao/chocolate/
Um Mergulho no Mundo do Chocolate
Histórias, Lendas e Sabores
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